Ibovespa quebra recorde

Brasil atinge nova máxima histórica em meio à retomada da confiança.

Entenda a disparada do principal índice da Bolsa e como este momento pode redefinir posicionamentos.

O que explica o novo apetite global pelo mercado brasileiro

O cenário macroeconômico global segue marcado por incertezas, mas também por oportunidades. A recente escalada nas tensões comerciais, aliada à rotação global de portfólios, está abrindo espaço para que mercados emergentes como o Brasil ganhem protagonismo nas estratégias de traders internacionais. Em meio a esse movimento, o Ibovespa registra máximas históricas, enquanto o real ganha força frente ao dólar, refletindo uma mudança de fluxo relevante no mercado financeiro.

Neste relatório, você encontrará uma análise completa sobre os fatores que estão impulsionando a entrada de capital estrangeiro na B3, o impacto do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos nas estratégias de carry trade, e os motivos que colocam o mercado brasileiro em posição de destaque dentro da América Latina. Com 22 ações atingindo novas máximas históricas em 2025, o Ibovespa demonstra força mesmo diante de um ambiente de juros elevados.

Se você busca identificar tendências, entender os movimentos por trás dos números e antecipar oportunidades com base em dados sólidos e leitura de contexto, este relatório é leitura obrigatória. Explore as dinâmicas que estão moldando o mercado e veja por que o Brasil voltou ao radar dos grandes investidores globais.

Investidores globais giram a bússola para longe dos EUA

O ano de 2024 foi marcado por uma elevada volatilidade nos mercados financeiros, com diversos ativos globais atingindo novas máximas históricas — entre eles, o ouro, o bitcoin e os principais índices acionários da Ásia, Europa e América. Ainda assim, o primeiro trimestre de 2025 se mostrou ainda mais instável.

A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos reacendeu incertezas políticas e econômicas, levando traders e investidores institucionais a repensarem suas estratégias e ampliarem a diversificação de portfólio. Essa reavaliação provocou uma forte rotação de ativos ao redor do mundo.

Com isso, as bolsas americanas perderam parte do protagonismo global. Os investidores estrangeiros passaram a direcionar aportes significativos para outras regiões, reduzindo a exposição ao risco político-econômico dos EUA e ao dólar. A atenção se voltou especialmente para mercados asiáticos, europeus e emergentes — como o Brasil.

O gráfico abaixo evidencia esse movimento. No acumulado de janeiro até 15 de maio de 2025, os índices internacionais superaram amplamente os americanos em desempenho. Liderando os ganhos, o Hang Seng de Hong Kong (HKIND) avançou impressionantes 20,61%, seguido pelo DAX da Alemanha (GER40) com +18,83%, o Ibovespa do Brasil (BRA50) com +16,47%, e o Euro Stoxx 50 (EURO50) da Europa com +10,72%. Já nos Estados Unidos, os resultados foram mais tímidos: o Nasdaq (USATEC) subiu 1,82%, o S&P 500 (USA500) apenas 0,94%, enquanto o Russell 2000 (USARUS) recuou -5,82%.

Movimentos tão expressivos nos mercados acionários inevitavelmente se refletem também no mercado cambial. Em 2025, o dólar americano foi o principal afetado por essa rotação global de ativos, registrando desvalorização frente a diversas moedas.

Seguindo os mesmos parâmetros do gráfico anterior, a Coroa Sueca (USDSEK) liderou os ganhos contra o dólar, com valorização de +12,82%, acompanhada pelo Franco Suíço (USDCHF) com +8,42%, o Euro (EURUSD) com +8,24%, o Real Brasileiro (USDBRL) com +7,62%, o Iene Japonês (USDJPY) com +7,52%, o Peso Mexicano (USDMXN) com +5,45%, e, por fim, o Dólar Canadense (USDCAD) com +3,08%.

Esse movimento global de realocação de capital ajuda a explicar, de forma objetiva, uma parcela significativa da volatilidade observada até agora em 2025. No entanto, é importante lembrar que os fatores micro e macroeconômicos específicos de cada país também desempenham um papel importante nas decisões dos traders.

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Brasil lidera entre os gestores e ganha força no cenário latino-americano

Os países da América Latina historicamente ocupam uma posição secundária nos portfólios globais. Essa realidade se deve a uma combinação de fatores, como: baixa liquidez; instabilidade econômica; episódios de hiperinflação; crises cambiais; defaults da dívida; elevado risco político e jurídico; notas de crédito reduzidas; descontrole fiscal; além de uma baixa diversificação setorial, com forte dependência dos preços das commodities.

Uma pesquisa realizada pelo Bank of America com 32 gestores de fundos que atuam na América Latina, revelou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos seguem sendo apontadas como o principal risco para a região. No entanto, cresceram as preocupações relacionadas à desaceleração da economia chinesa e à queda nos preços das commodities:

Apesar desse cenário desafiador, o Brasil tem conseguido mitigar parte desses riscos e segue como o país mais bem posicionado na preferência dos gestores. Cerca de 66% apontam o Brasil como o mercado com maior potencial de desempenho, em contraste com os 14% que indicaram o México como principal escolha:

Em relação ao desempenho do mercado acionário, aumentou expressivamente o número de traders que projetam o Ibovespa em níveis mais altos neste ano, superando os 140 mil pontos. Essa expectativa é agora compartilhada por 48% dos gestores, contra apenas 18% no mês anterior. Trata-se do maior patamar desde que a pergunta foi incluída no levantamento, em setembro do ano passado.

A pesquisa também revelou uma expectativa crescente de valorização do real frente ao dólar. A proporção de participantes que apostam em um dólar mais fraco saltou de pouco menos de 60% para quase 70%. A mediana das projeções aponta para uma cotação de R$ 5,72 ao final do ano, abaixo da estimativa atual do Boletim Focus, que indica R$ 5,85.

Aporte global aquece a B3 e fortalece o real em maio

Os investidores estrangeiros demonstram um apetite crescente por economias emergentes. Na B3, já são 17 pregões consecutivos com saldo positivo de capital externo, ou seja, mais aportes do que retiradas na bolsa brasileira. Somente em maio, o fluxo líquido de investimentos estrangeiros soma R$ 6,6 bilhões, elevando o acumulado do ano para R$ 17 bilhões.

Esse otimismo é impulsionado por uma combinação de fatores: a suspensão temporária da aplicação de tarifas comerciais pelos Estados Unidos, avanços em acordos preliminares com o Reino Unido e a China, dados de inflação mais amenos e a sinalização de que o ciclo de alta de juros no Brasil pode ter chegado ao fim.

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, superou os 139 mil pontos e se aproxima do patamar simbólico dos 140 mil. No mercado cambial, o real também apresentou valorização, com a cotação do dólar recuando para abaixo de R$ 5,70.

O gráfico ilustra claramente a correlação inversa entre o Ibovespa (Bra50) e o par cambial USDBRL (MinDol), evidenciando como a entrada de recursos externos tem favorecido tanto a bolsa quanto o câmbio.

Das 87 ações listadas no Ibovespa, 22 atingiram novas máximas históricas em algum momento de 2025, contribuindo de forma relevante para a performance do índice ao longo do ano.

Entre os destaques, os setores financeiro e de energia elétrica lideram os ganhos, impulsionados pela capacidade de entregar resultados sólidos e consistentes, mesmo em um cenário de incertezas econômicas. Já empresas dos segmentos de construção, consumo, telecomunicações e logística refletem uma recuperação gradual da atividade econômica, sustentada pela perspectiva de encerramento do ciclo de alta dos juros.

Confira a seguir a lista completa das ações que renovaram suas máximas históricas em 2025:

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Alta de juros pode ter chegado ao fim — e o corte já entra no radar

O Banco Central do Brasil elevou a taxa básica de juros em 50 pontos-base na reunião encerrada em 7 de maio, marcando o sexto aumento consecutivo. Com isso, os juros alcançaram 14,75% ao ano, o nível mais alto desde agosto de 2006, em uma decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom).

Desde setembro de 2024, o ciclo de aperto somou 425 pontos-base, reforçando o compromisso do Banco Central com a estabilidade de preços.

Na ata, os formuladores de políticas destacaram que o atual ambiente macroeconômico exige uma “política monetária significativamente contracionista por um período prolongado”, abandonando a linguagem anterior que mencionava a necessidade de uma política “mais contracionista”.

“A política monetária restritiva já teve efeitos no mercado de crédito, nas pesquisas empresariais, no mercado de câmbio, nos balanços corporativos, bem como na moderação de certos indicadores de atividade e do mercado de trabalho”, observou o comitê. E acrescentou: “Tendo em vista as defasagens inerentes aos mecanismos de política monetária, espera-se que esses efeitos se aprofundem nos próximos trimestres”

Nesse contexto, o banco central reiterou que “o cenário prescreve uma política monetária significativamente contracionista por um período prolongado para garantir que a inflação convirja para a meta”. No entanto, o mercado interpretou a comunicação como um sinal de que o ciclo de alta pode ter chegado ao fim.

Na B3, as Opções de Copom apontam uma probabilidade de 54% de manutenção da taxa Selic na próxima reunião, marcada para 18 de junho. Outros 36,5% do mercado precificam uma alta residual de 25 pontos-base, enquanto apenas 6,5% apostam em um novo ajuste de 50 pontos.

Com isso, a atenção dos traders começa a se voltar para a possibilidade de um corte de juros no fim do ano, dependendo da evolução das expectativas de inflação e da atividade econômica.

No cenário internacional, houve uma melhora no quadro desinflacionário, impulsionada pela decisão do presidente Donald Trump de suspender temporariamente a aplicação de tarifas comerciais. Esse movimento tende a aliviar pressões inflacionárias globais e pode justificar uma pausa no aperto monetário doméstico.

Contribuem para o viés desinflacionário um real mais valorizado e a queda nos preços das commodities. Por outro lado, o ambiente interno traz incertezas: o governo federal anunciou novas medidas de estímulo, como mudanças nas regras dos empréstimos consignados, em uma tentativa de reverter a perda de popularidade, o que pode reacender pressões inflacionárias à frente.

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Desaceleração existe, mas meta só deve ser atingida em 2028

As taxas de juros elevadas no Brasil ocorrem em um contexto de inflação ainda persistente. A taxa anual se mantém em 5,49%, significativamente acima da meta oficial de 3%. Apesar disso, o Banco Central do Brasil começou a revisar suas projeções, considerando as mudanças nas condições macroeconômicas.

A autoridade monetária reduziu sua estimativa de inflação para 2025, de 5,1% (projeção de março) para 4,8%. Para o quarto trimestre de 2026, período que mais reflete os efeitos das decisões atuais de política monetária, a projeção de inflação foi ajustada para 3,6%, ligeiramente abaixo dos 3,7% previstos anteriormente.

Ainda assim, para grande parte dos economistas, o processo de desinflação será lento. A expectativa é que a inflação só volte a convergir plenamente com a meta de 3% em 2028, o que reforça a cautela do Banco Central na condução da política monetária.

Brasil na Mira do Carry Trade

Diferencial de juros atrai fluxo externo e valoriza o real

Um dos fatores que tornam o Brasil mais atrativo para traders internacionais é o amplo diferencial de juros em relação a outras economias desenvolvidas.

Enquanto o Federal Reserve manteve as taxas de juros dos Estados Unidos estáveis em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica brasileira para o maior patamar em quase 20 anos. Esse movimento ampliou ainda mais o diferencial de juros entre as duas economias, favorecendo a entrada de capital estrangeiro no país.

Ao comparar os juros futuros de 2 e 10 anos entre Brasil e EUA, observa-se uma lacuna média de aproximadamente 9,8 pontos percentuais. Isso significa que um investimento em renda fixa brasileira pode entregar um retorno quase 10% superior ao de ativos similares nos Estados Unidos.

É claro que essa estratégia envolve a exposição cambial, o que representa um risco importante. A desvalorização do real frente ao dólar, por exemplo, pode comprometer parte ou até todo o ganho obtido com os juros. No entanto, para investidores com perfil mais arrojado e horizonte de curto a médio prazo, o chamado “carry trade” pode ser uma oportunidade atrativa.

Esse movimento se reflete diretamente no mercado de câmbio. O aumento do fluxo de capital estrangeiro para ativos brasileiros tem contribuído para a valorização do real frente ao dólar, reforçando o apetite global por ativos do país.

Junior Wuttke

Conclusão

As indicações na seção de entretenimento não têm necessariamente relação com o mercado de capitais e investimentos. O intuito é fornecer poucas, porém valiosas sugestões.

O Melhor Perdedor Vence: Por que o Pensamento Normal Nunca Vence o Jogo do Trading

Por Tom Hougaard

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